Equipa da Proteção Civil parte hoje para reforçar ajuda a Moçambique
Uma força operacional conjunta da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), com valências nas áreas de busca, salvamento, proteção e socorro em situações de emergência complexas, parte hoje para Moçambique, para apoiar no socorro às vítimas do ciclone Idai.
© Reuters
País Ciclone
Esta força, cuja partida para Moçambique está prevista para as 21:00, é composta por operacionais da Força Especial de Bombeiros (dez elementos), Bombeiros Voluntários de diversas corporações do distrito de Santarém (19 elementos), Guarda Nacional Republicana (18 elementos) e Instituto Nacional de Emergência Médica (um elemento), que vão apoiar as autoridades moçambicanas nas operações de socorro às vitimas do ciclone Idai que fustigou o país.
O dispositivo, coordenado pela ANPC, partirá num avião comercial do Aeroporto militar de Figo Maduro. A bordo segue também diverso material médico de apoio ao Hospital da Beira.
Estes elementos irão juntar-se à equipa multidisciplinar avançada de proteção civil que seguiu na quinta-feira, para Moçambique.
O apoio português surge na sequência do pedido de assistência internacional para ajuda nas operações de socorro apresentado pelas autoridades moçambicanas no quadro do Mecanismo de Proteção Civil da União Europeia.
O balanço provisório da passagem do ciclone Idai em Moçambique, no Zimbabué e no Maláui aumentou hoje para 603 mortos, com a confirmação de mais 51 vítimas mortais no lado moçambicano.
As autoridades de Maputo confirmaram já o registo de 293 mortos, 1.511 feridos e 344 mil pessoas afetadas.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou que está a preparar-se para enfrentar prováveis surtos de cólera e outras doenças infecciosas, bem como de sarampo, em extensas zonas do sudeste de África afetadas pelo ciclone Idai, em particular em Moçambique.
O ciclone afetou pelo menos 2,8 milhões de pessoas nos três países africanos e a área submersa em Moçambique é de cerca de 1.300 quilómetros quadrados, segundo estimativas de organizações internacionais.
A cidade da Beira, no centro litoral de Moçambique, foi uma das mais afetadas pelo ciclone, na noite de 14 de março.
Mais de uma semana depois da tempestade, milhares de pessoas continuam à espera de socorro em áreas atingidas por ventos superiores a 170 quilómetros por hora, chuvas fortes e cheias, que deixaram um rasto de destruição em cidades, aldeias e campos agrícolas.
Portugal é um dos países que enviaram técnicos e ajuda para Moçambique, com dois C-130 da Força Aérea e dois aviões comerciais fretados pelo Governo e pela Cruz Vermelha Portuguesa.
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