Proteção Civil deve horas extras. Funcionários falam em represálias
Os operacionais das salas de operações e gestão de emergências da Proteção Civil alegam que estão sem receber horas extras e feriados desde novembro.
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Os operadores de telecomunicações das salas de operações e gestão de emergências da Proteção Civil alegam estar sem receber os feriados e horas extras de trabalho realizado em situações de emergência, de que é exemplo a tragédia na pedreira de Borba, que remonta a 19 de novembro de 2018.
Desde então, apurou o Notícias ao Minuto, a situação ainda não foi regularizada. No entendimento dos operacionais que trabalham nas salas dos Comandos Distritais de Operações de Socorro (CDOS), esta postura da Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC) deve-se ao facto de estes terem manifestado publicamente o seu desagrado relativamente ao programa de regularização extraordinária dos vínculos precários na Administração Pública (PREVPAP).
De acordo com este regime, alegam os operacionais que serão integrados como assistentes técnicos com uma redução dos salários em alguns casos de 30%. Os operadores de telecomunicações das salas de operações e gestão de emergências da Proteção Civil já terão interrogado a ANPC, mas até então não terão recebido resposta. Acreditam, por isso, que este atraso no pagamento dos feriados e horas extras de trabalho corporiza uma forma de represália.
Se a situação se mantiver, os operacionais ponderam deixar de manifestar disponibilidade para efetuar qualquer tipo de serviço extraordinário, nomeadamente no que concerne à necessidade de guarnição de postos de comando nos diversos teatros de operações.
Esta classe profissional tem apelado junto das instâncias responsáveis a criação de um estatuto de carreira especial integrado na futura Força Especial de Proteção Civil ou outra semelhante que salvaguarde a especificidade de funções desenvolvidas.
O Notícias ao Minuto contactou fonte oficial da ANPC e aguarda esclarecimentos.
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