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Fake news e populismo são "tretas da propaganda oficial de Bruxelas"

O deputado do PSD Miguel Morgado, desvalorizou hoje o problema das fake news e do populismo nas eleições europeias, considerando que se trata de "tretas" da "propaganda oficial de Bruxelas" para impedir de discutir o que é necessário.

Fake news e populismo são "tretas da propaganda oficial de Bruxelas"
Notícias ao Minuto

16:46 - 26/02/19 por Lusa

Política Miguel Morgado

Durante uma conferência sobre 'Os jovens e o futuro da Europa', promovida pela Escola secundária Adolfo Portela, em Águeda, Miguel Morgado recusou a ideia de que devemos recear as fake news, lembrando que estas sempre existiram no passado.

"Agora, parece que inventaram as redes sociais e passou a haver fake news ou que a Inglaterra decidiu votar no referendo para sair da União Europeia por causa das fake news. Isso é tudo conversa de burocratas em Bruxelas e de políticos que querem proteger as suas posições e não sabem como falar com as pessoas", disse.

O social-democrata referiu-se ainda ao populismo como o "outro papão", lembrando que "houve sempre forças extremistas nas comunidades".

"Os populistas de esquerda e direita que andam aí pela Europa toda são muito mais inofensivos do que aqueles que havia quando era miúdo. Não são eles a grande ameaça que existe para a Europa. Faz parte da propaganda oficial para nos assustar e impedir de discutir aquilo que queremos discutir", notou.

Miguel Morgado rejeitou ainda o federalismo, considerando uma "ilusão perigosa" a possibilidade de a Europa evoluir para a construção de "um superestado federal que dilua os estados nacionais".

"Temos de prosseguir o caminho de cooperação institucional ao nível europeu, mas em que a base de recuo é sempre os estados nacionais", defendeu, perante uma plateia de cerca de uma centena de alunos.

Em resposta a uma questão colocada pela assistência, o parlamentar colocou totalmente de parte uma eventual saída de Portugal da União Europeia, considerando que o país "está muito melhor" dentro do bloco comunitário.

"Se Portugal não estivesse na União Europeia, nem uma democracia seria. As instituições políticas, administrativas e judiciais em Portugal são demasiado frágeis e corruptas para aguentar a vida de Portugal sozinho no mundo", explicou.

O ciclo de conferências sobre a Europa, promovido pela Escola Adolfo Portela, começou na segunda-feira e vai terminar no dia 1 de março com uma conferência que terá como oradora a eurodeputada bloquista Marisa Matias, subordinada ao tema 'Refugiados da Europa: Solidariedade versus medo'.

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