Crescimento: "As nossas expectativas foram todas esmagadas"
Banco de Portugal divulgou boletim económico de dezembro. Afinal, há boas ou más notícias?
© Global Imagens
Política Miguel Morgado
No dia em que o Banco de Portugal (BdP) reviu ligeiramente em alta a projeção de crescimento para 2016, para 1,2%, as reações dos partidos que compõe o Governo e a oposição variam entre o pessimismo e o otimismo.
Se, por um lado, uns se focam na revisão em alta e optam por um discurso otimista, outros há que olham para as previsões com pessimismo, por as perspetivas de crescimento para 2017 serem mais baixo do que o esperado (1,4% ao invés de 1,6%).
Miguel Morgado esteve frente-a-frente com João Galamba, na antena da SIC Notícias, e disse considerar que o otimismo acaba quando se olha para as previsões para 2017. Mais ainda, lamentou que tenhamos entrado “numa era em que as nossas expectativas foram todas esmagadas”.
“Olhamos para a tabela com todas as grandes variáveis que explicam o crescimento económico da economia portuguesa para 2016, 2017, 2018 e 2019 e, em nenhuma, os níveis de crescimento serão os registados em 2015. Nem no investimento, nem no consumo, nem nas exportações”, explicou o deputado do PSD.
No entender do social-democrata, o Governo de António Costa “formou-se com base numa ideia de que íamos crescer por estímulos à procura interna, mas o Banco de Portugal diz que o único crescimento que vamos ter é no modelo inverso, ou seja, que crescer pelo investimento e exportações é mais saudável”.
João Galamba, por seu turno, prefere sublinhar a sua “expectativa fundada de que a economia acelere mais em 2017”. “Há elementos na previsão do Banco de Portugal que me parecem pessimistas, tais como o consumo privado”, afirmou o deputado socialista, não sem admitir, em todo o caso, que “um crescimento de 1,2%, 1,5% e 1,6% é, de facto, pouco”.
Sobre a discussão em torno das expectativas, explica apenas: “O otimismo do Banco de Portugal deve ser visto no contexto do pessimismo do Banco de Portugal e sobretudo numa revisão em alta quanto ao crescimento de 2017”.
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