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Resultado nas eleições na Holanda foi uma "derrota dos populismos"

O PSD considerou hoje que a reeleição de Mark Rutte nas eleições legislativas de quarta-feira na Holanda foi uma derrota dos populismos e extremismos, mas também uma vitória das forças políticas pró-europeias e da moderação política.

Resultado nas eleições na Holanda foi uma "derrota dos populismos"
Notícias ao Minuto

08:54 - 16/03/17 por Lusa

Política Miguel Morgado

O partido VVD liderado pelo primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, venceu as eleições de quarta-feira, ao conquistar 33 assentos, com 94,3% dos votos contados, abrindo-se a porta à formação de um governo de coligação de centro-direita.

Em declarações hoje à agência Lusa, o vice-presidente da bancada do PSD, Miguel Morgado, disse que esta "foi uma vitória das forças políticas pró-europeias e da moderação politica".

"Nesse sentido temos sempre de saudar e respeitar a decisão soberana do povo holandês, mas temos de saudar também que esta foi uma derrota dos populismos e dos extremismos e a Europa precisa da Holanda como parceira, como tem sido ao longo destas últimas décadas, para levarmos a cabo as reformas que a União Europeia precisa", sublinhou.

No entender de Miguel Morgado, a derrota dos populismos e extremismos de esquerda e de direita têm de ser continuadas no debate político, no debate das ideias e na defesa e promoção dos valores das democracias europeias assentes em economias sociais de mercado.

"Esse é um trabalho que tem de continuar na Holanda e fora da Holanda", frisou.

O vice-presidente da bancada do PSD destacou também a importância dos resultados eleitorais na Holanda para Portugal.

"É importante para Portugal como membro da União Europeia e que precisa que as instituições europeias, os mecanismos europeus, sejam reformados no âmbito da união económica monetária, no aprofundamento do mercado único", disse.

Segundo Miguel Morgado, é importante que a Holanda, que é um membro fundador da União Europeia e que tem acompanhado sempre o processo de integração europeia, possa ter um governo que defenda os valores europeus da sociedade tolerante, da sociedade aberta, da economia social de mercado.

O partido VVD liderado pelo primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, venceu as eleições de quarta-feira, ao conquistar 33 assentos, com 94,3% dos votos contados. O PVV de Geert Wilders obteve 20 (15 na anterior legislatura), enquanto o Apelo Democrata Cristão conseguiu 19 deputados), como o partido Democracia D66.

Para superar os 76 deputados que proporcionam a maioria absoluta na Câmara Baixa, com 150 membros, Mark Rutte poderá recorrer aos nove lugares dos trabalhistas (PvdA), que foram parceiros do Governo na anterior legislatura. Contudo, falta saber se o PvdA está disponível para o efeito, depois de quatro anos e meio de aliança e a perda de 29 assentos nestas eleições.

Apesar de o Partido da Liberdade (PVV, de extrema-direita) ter conquistado 20 assentos nestas eleições - contrariando as sondagens que a apontavam como a força mais votada -, a maioria das formações políticas manifestou durante a campanha eleitoral que não pretendia aliar-se com Geert Wilders.

Depois de se ter ficado a saber que ficou colocado em segundo lugar nas eleições, Geert Wilders afirmou-se pronto para integrar o futuro Governo holandês caso seja convidado.

No entanto, Mark Rutte, reeleito agora para um terceiro mandato à frente do Governo da Holanda, garantiu, nas semanas que antecederam o escrutínio, que a probabilidade de governar com Geert Wilders "não é era de 0,1, mas sim de zero".

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