Banco Montepio aumenta lucro para 12,6 milhões de euros em 2018
O banco Montepio teve um lucro de 12,6 milhões de euros em 2018, um aumento face aos 6,4 milhões de euros de 2017, divulgou hoje a instituição detida pela Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG).
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Economia Montepio
De acordo com comunicado do banco, "este valor ficou comprometido por um conjunto de fatores excecionais que se registaram no quarto trimestre, e que não estão diretamente relacionados com a atividade do banco".
Entre estes "fatores excecionais" identificados pelo Montepio encontra-se "a provisão para a coima resultante do processo de contraordenação do Banco de Portugal em 2009 e 2014, no valor de 2,5 milhões de euros".
Além desta provisão, encontram-se nestes fatores "a alienação do Banco Terra Moçambique, e a consequente redução do resultado líquido de 3,7 milhões de euros devido à reciclagem da reserva cambial negativa; a venda de uma carteira de créditos em incumprimento (NPL, na sigla em inglês) no valor de 239 milhões de euros, que determinou a redução do resultado líquido de 8,3 milhões de euros; o custo de cobertura cambial de uma participação denominada em reais, realizada como medida de preservação do capital, no valor de 4,1 milhões de euros".
De acordo com a informação remetida à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), os custos operacionais da instituição financeira totalizaram, em 2018, 259,5 milhões de euros, o equivalente a uma redução de nove milhões de euros face ao período homólogo, "refletindo, negativamente, os impactos do descongelamento de salários e das carreiras, do aumento do custo com o Fundo de Pensões e do pagamento de indemnizações a anteriores membros dos órgãos sociais e, positivamente, o impacto da reclassificação dos proveitos com a cedência de colaboradores".
No ano em causa, os depósitos de clientes atingiram 12.566 milhões de euros, traduzindo "o efeito do aumento dos clientes de retalho e de empresas, não obstante a conjuntura de taxas de juro em níveis historicamente baixos e o ambiente de concorrência acrescida".
Por sua vez, o crédito a clientes (bruto) fixou-se em 13.078 milhões de euros em 31 de dezembro de 2018, menos 7% em comparação com igual período de 2017, devido a reduções das carteiras de crédito à habitação e às empresas, bem como pelo impacto do abate da carteira de crédito em incumprimento.
Já os capitais próprios do Montepio situaram-se em 1.563 milhões de euros em 31 de dezembro de 2018, "assinalando uma diminuição de 200 milhões de euros" face ao final de 2017.
No ano de referência, os custos com pessoal representaram 155,9 milhões de euros, "em linha com o valor observado no ano transato".
O banco Montepio "prosseguiu, em 2018, com a concretização de um conjunto de iniciativas com vista ao desenvolvimento e implementação de um modelo de negócio economicamente sustentável, nomeadamente no que se refere à desalavancagem do balanço, consubstanciado nas reduções dos créditos não produtivos (NPL) e da exposição ao setor imobiliário, e na melhoria dos níveis de liquidez", lê-se no documento.
No final de 2018, o ativo líquido do banco situou-se em 18.369 milhões de euros, uma redução face aos 20.200 milhões de euros registados em 31 de dezembro de 2017.
O passivo, por seu turno, totalizou 16.806 milhões de euros, um decréscimo de 1.631 milhões de euros face ao valor apurado no final de 2017 (18.437 milhões de euros).
No final de 2018, a Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) detinha 3.566 colaboradores, menos 64 do que no ano anterior.
A rede doméstica da CEMG, em 2018, englobava 324 balcões, os mesmos que no ano anterior, enquanto na rede internacional se verificou uma redução de dez balcões em comparação com 2017.
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