Funcionários do BCE dão 'nega' a Lagarde. Desempenho "fraco"
Resultados de um inquérito aos funcionários do BCE apontam para uma insatisfação generalizada, motivada pelo facto de considerarem que Lagarde se envolve demasiado na política e usa o BCE para impulsionar a sua agenda pessoal.
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Economia Lagarde
Os funcionários do Banco Central Europeu (BCE) não parecem estar muito contentes com Christine Lagarde, já que mais de metade dos inquiridos (50,6%) classificam o seu desempenho global na primeira metade do seu mandato de oito anos como "muito fraco" ou "fraco".
Estes resultados de um inquérito aos trabalhadores, citado pelo Politico, contrastam "fortemente" com os comentários elogiosos que os seus antecessores Mario Draghi e Jean-Claude Trichet recebiam.
O inquérito reúne respostas de 1.159 dos cerca de 4.500 funcionários do BCE e as conclusões apontam para uma insatisfação generalizada com o facto de Lagarde se envolver demasiado na política e usar o BCE para impulsionar a sua agenda pessoal, o que não ajuda a reputação do banco central.
"Mario Draghi esteve lá para o BCE, enquanto o BCE parece lá para Christine Lagarde", disse um dos funcionários da instituição, citado pelo mesmo jornal.
Vários inquiridos sugeriram ainda que Lagarde tenciona usar o banco central como um "trampolim" para voltar à política.
Vale recordar, contudo, que Lagarde enfrentou alguns desafios, entre os quais a pandemia e uma guerra na Europa, que combinados geraram um aumento histórico da inflação em todo o mundo.
O Politico sublinha ainda um outro dado, que diz ser "preocupante": Mais de metade dos funcionários admitem que o BCE poderá não ser capaz de assegurar o regresso à estabilidade dos preços.
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