Wall Street encerra em forte baixa com investidores a cederem ao medo
A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em forte baixa, com os investidores a cederem aos receios associados ao mercado chinês e depois de se terem confrontado com uma avaria técnica no horário das transações.
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Economia Transações
Os resultados definitivos da sessão indicam que o Dow Jones Industrial Average fechou a perder 1,47% (261,49 pontos), para as 17.515,42 unidades, e o Nasdaq 1,75% (87,70), para as 4.909,76.
O índice alargado S&P 500 recuou 1,66% (34,65), para os 2.046,69 pontos.
A sessão foi marcada por uma avaria técnica da principal plataforma bolsista, a New York Stock Exchange (NYSE), que suspendeu as operações durante cerca de quatro horas, sem que porém as atividades dos mercados financeiros tenham sido perturbadas de forma extrema.
"O NYSE foi suspenso, mas não penso que isso explique a baixa" do mercado, comentou Peter Cardillo, da Rockwell Global Capital. "Penso que se tenha ficado a dever à aceleração dos problemas na China", contrapôs.
A bolsa de Xangai, que caiu mais de 33% desde o início de junho, perdeu quase 6% hoje, confirmando que os investidores não deram grande importância ao arsenal de medidas anunciadas pelas autoridades.
"Os investidores podem tranquilizar-se argumentando que o principal índice (bolsista chinês) continua 7,8% acima do início do ano de 2015 e 41,9% em relação ao mesmo período do ano anterior", mas "esta não é questão", consideraram os analistas da Briefing.
"O que é preocupante é que a explosão desta bolha poderia afetar de forma importante um crescimento chinês que já está em perda de velocidade", justificaram, acrescentando que "esta economia muito endividada poderia também conhecer um aperto do crédito".
Neste contexto, os investidores não deram muita atenção à divulgação das atas da última reunião do comité de política monetária da Reserva Federal, em junho.
Mesmo que a Fed tenha reconhecido no documento que precisa de "mais informações" sobre o estado da economia dos EUA antes de decidir uma subida das suas taxas de juro de referência, isso não bastou para tranquilizar os investidores, inquietos com a retirada deste importante instrumento de apoio à economia.
Os investidores vão começar agora a dar atenção à divulgação dos resultados das empresas relativos ao segundo trimestre.
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