Estudo sugere relação entre implantes de silicone com doença autoimune
Um estudo realizado pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos, e que envolveu cirurgiões norte-americanos, brasileiros e britânicos, avaliou como a textura do implante de silicone afeta o sistema imunológico.
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Segundo um artigo publicado na CNN Brasil, os investigadores apuraram que certas texturas causam uma menor resposta inflamatória do que outras e, consequentemente, são mais compatíveis com o organismo.
Esta descoberta poderá auxiliar na escolha mas eficaz e segura de próteses de silicone, podendo assim evitar a chamada 'Doença do Silicone'. Termo que é usado relativamente à ocorrência de problemas de saúde devido à colocação dos implantes mamários, nomeadamente contraturas, fibrose e inflamações.
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O facto dos implantes serem compostos por materiais sintéticos, causa uma reação do sistema imunológico. Sendo que a diferença consiste no tipo de resposta e no nível de equilíbrio com o corpo humano.
De acordo com o cirurgião plástico do Hospital Sírio-Libanês, Alexandre Mendonça Munhoz, no Brasil, integrante do grupo que conduziu o estudo no MIT, tal é uma ocorrência comum em qualquer prótese.
"Enquanto os implantes de silicone de superfície mais ásperas provocaram uma resposta inflamatória maior, aqueles com superfícies com rugosidade menor causaram uma reação cujo objetivo era inibir a inflamação do tecido ao redor do implante", contou Munhoz, em declarações à CNN.
No total, refere a publicação, foram analisados cinco variantes de próteses mamárias, cujas características das superfícies variam em rugosidade e são utilizadas em cirurgias estéticas e reconstrutoras da mama em todo o mundo.
Para Alexandre Mendonça Munhoz, estas novas descobertas serão determinantes na escolha da prótese em cirurgias estéticas, mas também nas cirurgias reconstrutoras, como por exemplo após o tratamento de cancro da mama.
"Novas tecnologias, envolvendo implantes com menor rugosidade favorecem o processo de reabilitação dessas mulheres com cancro da mama, reduzindo assim o número de cirurgias a longo prazo. Estes aspetos têm impacto direto na qualidade de vida e também nos custos de todo o processo cirúrgico", referiu.
O novo estudo foi publicado na revista científica Nature Biomedical Engineering.
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