Meteorologia

  • 25 NOVEMBER 2024
Tempo
17º
MIN 11º MÁX 19º

Portugal sem registo de presença da vespa soror, diz ICNF

O Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) disse hoje que, até à data, não foi detetada a presença de vespa soror em Portugal, espécie invasora oriunda da Ásia que já foi encontrada nas Astúrias, em Espanha.

Portugal sem registo de presença da vespa soror, diz ICNF
Notícias ao Minuto

25/11/24 11:43 ‧ Há 1 Hora por Lusa

País ICNF

Em resposta, por escrito, a um pedido de esclarecimentos da agência Lusa a propósito de um estudo da Universidade de Oviedo, que apresenta o primeiro registo europeu [quatro exemplares] da presença da vespa soror no concelho de Siero, nas Astúrias, o ICNF adianta estar a fazer "uma vigilância ativa, definida no Plano de Ação para a Vigilância e Controlo da vespa velutina [também conhecida como vespa asiática] em Portugal".

 

Segundo o ICNF, através daquele plano "é ainda possível fazer vigilância preventiva na deteção de outras espécies de grandes vespas, como é o caso da vespa soror".

A Associação Apícola de Entre Minho e Lima (APIMIL) apelou hoje às autoridades nacionais que tomem "ações concretas e bem dirigidas" contra a ameaça de invasão de uma nova vespa, mais perigosa do que a asiática.

O presidente da APIMIL, Alberto Dias, referiu que, apesar de não haver registo da presença da vespa soror em Portugal, "a proximidade" do Alto Minho com a Galiza, onde a espécie também ainda não foi detetada, "deve fazer acender as luzes vermelhas e tocar as campainhas", para não se repetir a "praga" da vespa asiática.

O ICNF garante estar "atento ao potencial aparecimento desta espécie em território nacional e está já a alertar as entidades municipais para o eventual aparecimento desta espécie, bem como da vespa orientalis, cuja presença está a aumentar no sul de Espanha".

O instituto pede que, em caso de observação de vespa soror ou da vespa orientalis, a mesma seja reportada para o endereço eletrónico vespa@icnf.pt.

De acordo com o estudo, hoje consultado pela Lusa, a vespa soror pode "ter sido um passageiro clandestino, durante a hibernação", em transporte de mercadorias.

Apresenta "uma coloração peculiar", sendo que "ambos os sexos são tricolores, com áreas pretas, castanho-escuro, castanho-claro e amarelas".

A espécie possui uma cabeça "excecionalmente grande" e "é um predador agressivo que caça invertebrados de vários tamanhos, incluindo borboletas, libélulas, louva-a-deus e gafanhotos, bem como outras vespas e até mesmo pequenos vertebrados como lagartixas".

A vespa soror "pode gerar problemas no setor de saúde, pois a picada é muito dolorosa e produz efeitos duradouros, provavelmente por ter um veneno potente".

"Os nossos resultados preliminares levantam preocupações sobre a ameaça potencial da vespa soror na saúde humana e na dinâmica do ecossistema, pois é uma espécie altamente predadora de outros insetos e até mesmo de pequenos vertebrados", assinalam os investigadores da universidade de Oviedo.

O estudo sublinha que "a presença da vespa soror na região Norte da Península Ibérica, onde a invasora vespa velutina é disseminada, pode ter um efeito cumulativo aumentado e até mesmo de saúde pública já desencadeados pela vespa velutina".

A vespa asiática entrou na Europa através do porto de Bordéus, em França, em 2004 e chegou a Portugal, a partir do Alto Minho, em 2011.

Leia Também: Vespa mais perigosa que a asiática foi identificada mesmo aqui ao lado

Recomendados para si

;
Campo obrigatório