Israel não assumiu controlo total de "nenhuma aldeia" no sul do Líbano
Um deputado do Hezbollah afirmou hoje que o exército israelita, que tem vindo a fazer incursões no sul do Líbano desde o final de setembro, não assumiu o "controlo total" de uma única aldeia na região fronteiriça.
© Carl Court/Getty Images
Mundo Hezbollah
"Até agora, o inimigo não conseguiu tomar o controlo total de nenhuma aldeia, nem sequer entrar em nenhuma aldeia", declarou Hassan Fadlallah numa conferência de imprensa no Parlamento libanês, em Beirute.
Fadlallah acusou Israel de conduzir uma "política de terra queimada" para "impor uma terra de ninguém" ao longo da fronteira.
Israel está "a organizar a destruição de aldeias em torno das áreas que está a atacar, particularmente no sul, ao longo da fronteira, porque está a tentar impor uma terra de ninguém, sem habitantes, sem edifícios, sem campos e sem árvores", disse.
O deputado da ala política do Hezbollah referiu que a direção do movimento xiita está a coordenar, em conjunto com o presidente do Parlamento, Nabih Berri, os esforços para alcançar um cessar-fogo.
Neste contexto, Fadlallah elogiou as iniciativas destinadas a pôr termo às hostilidades, sublinhando que a resistência continuará a frustrar os planos israelitas.
Por outro lado, absteve-se de confirmar ou desmentir as informações sobre a captura de soldados israelitas pelo Hezbollah, esclarecendo que qualquer evolução seria anunciada oficialmente.
Na quarta-feira, o exército israelita difundiu um vídeo captado por um drone, que mostrava múltiplas explosões a varrer uma grande parte de uma aldeia fronteiriça. A agência AFP conseguiu identificar a aldeia como Mheib.
O exército afirma que o alvo eram as "infraestruturas" do Hezbollah "escavadas debaixo das casas".
Israel afirma regularmente que precisa de uma zona tampão ao longo da sua fronteira norte com o Líbano para impedir a presença de combatentes do Hezbollah.
Após um ano de trocas de tiros transfronteiriças, a guerra aberta entre o Hezbollah e Israel fez pelo menos 1.373 mortos, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais, e obrigou mais de um milhão de pessoas a fugir das suas casas, de acordo com as autoridades libanesas.
De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, um quarto do território libanês foi alvo de pedidos de evacuação por parte do exército israelita.
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