A bandeira de Portugal hasteada junto ao Aqueduto da Amoreira, em Elvas, foi substituída por uma outra bandeira… da Federação Russa. O incidente aconteceu durante a madrugada desta sexta-feira e a Câmara de Elvas vai avançar com uma queixa nas autoridades por se tratar de um "crime público".

Na rede social Facebook, o presidente da Câmara de Elvas, José Rondão Almeida, esclareceu que, "na última madrugada", a bandeira portuguesa, que se encontra ali hasteada desde outubro de 2016, "foi objeto de um ato que se pode considerar do mais puro e reprovável vandalismo, ao ser substituída pela bandeira da Federação Russa".

"O lamentável incidente foi entretanto ultrapassado com a retirada da bandeira russa e a sua imediata substituição pela Bandeira Nacional", garantiu.

"Em meu nome e do Município venho publicamente repudiar não apenas este como todos os atos de vandalismo de que seja alvo o nosso Património. Ainda para mais quando está em causa um dos principais signos de identidade da nossa Nação", acrescentou.

Por se tratar de "um crime público", Rondão Almeida afirmou ainda que "o Município irá fazer a participação do mesmo às autoridades competentes".

Já em declarações à agência Lusa, José Rondão Almeida relatou que "houve alguém que, no decorrer da noite passada, decidiu retirar a bandeira portuguesa e colocar lá a bandeira da federação russa".

"Lamentamos e vamos tentar que as autoridades abram um inquérito para vermos se somos capazes de identificar a pessoa", adiantou, sublinhando que o desrespeito pela bandeira nacional é um crime público.

Considerando que este ato "não faz sentido nenhum", o presidente do município realçou que só pode ter sido "uma brincadeira de mau gosto".

Segundo Rondão Almeida, a bandeira da federação russa foi retirada e a nacional reposta pouco depois das 08h00 de hoje, quando os funcionários da autarquia entraram ao serviço.

Sublinhe-se que a Ucrânia foi invadida pela Rússia em fevereiro de 2022. O presidente russo, Vladimir Putin, justificou a decisão com a necessidade "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

[Notícia atualizada às 12h25]

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