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"Estado continua a matar-nos e a comer-nos com impostos. Serve para quê?"

José Miguel Júdice não poupou críticas à organização e ao funcionamento do Estado português, questionando mesmo a sua utilidade.

"Estado continua a matar-nos e a comer-nos com impostos. Serve para quê?"
Notícias ao Minuto

23:04 - 23/07/18 por Patrícia Martins Carvalho

Política José Miguel Júdice

Na rubrica ‘Porquê’ do ‘Jornal das 8’ da TVI, José Miguel Júdice abordou três temas diferentes para chegar à mesma conclusão: “o Estado não tem qualidade no exercício das suas funções”.

Falando sobre Pedrógão Grande e a polémica em torno dos alegados aproveitamentos que existiram com os donativos para a construção das residências destruídas pelos incêndios, José Miguel Júdice refere que toda esta situação teria sido evitada se “ao fazerem a regulamentação tivessem criado a norma que dizia que a primeira habitação era definida pela residência fiscal existente seis meses antes dos fogos”.

“Não fizeram isso e agora há o Ministério Público e a Judiciária a gastar milhares e milhares de euros a fazer pesquisas, além do que isto cria na sociedade, nas pessoas que doaram o dinheiro generosamente”, atira.

Mas isto não é tudo.

O comentador dá ainda o exemplo das matas do Marão, considerando que “bastava que o Estado dissesse aos seus responsáveis pelas matas que se não limparem são multados”.

Mas não é isso que acontece. “O Estado aplica multas aos privados, mas por ele, Estado, não se interessa. O Estado é autista”, acusa, referindo-se ainda ao imposto sobre o carbono que “pode aumentar mais de 100% em 1 de setembro”.

“Nós pagamos impostos brutais para que o Estado tome conta de nós e resolva os nossos problemas e em questões que não era complicado resolver apenas se pedia um pouco de eficiência e o Estado não tem”, atira, acusando o Estado de “não se interessar por nós”.

“O Estado continua a matar-nos e a comer-nos com impostos e se não consegue assegurar reformas, educação, saúde, para que serve?”, pergunta, antes de rematar: “O Estado funciona muito mal e, no entanto, cobra-nos muito dinheiro que justificaria que funcionasse muito bem”.

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