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PCP questiona sobre "violação da liberdade de ação sindical" pelo Público

O PCP questionou hoje o Governo sobre o impedimento, pela administração do Público, de acesso de dirigentes sindicais às suas redações do Porto e Lisboa, querendo saber "que medidas vão ser tomadas para sancionar a administração do jornal".

PCP questiona sobre "violação da liberdade de ação sindical" pelo Público
Notícias ao Minuto

27/11/24 14:04 ‧ Há 2 Horas por Lusa

Política PCP

Numa pergunta dirigida à ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho, através do parlamento, o deputado do PCP António Filipa salienta que o Sindicato dos Jornalistas (SJ) "denunciou publicamente o facto de dirigentes seus terem sido impedidos pela administração do jornal Público de realizar reuniões com jornalistas nas instalações desse órgão de comunicação social no Porto e em Lisboa".

 

"Tendo o sindicato informado a administração da realização dessas reuniões por cortesia, dado que se tratava do exercício normal da atividade sindical, feita ao abrigo da lei, os dirigentes sindicais foram impedidos de entrar nas instalações da redação do Porto e foram mesmo expulsos da redação de Lisboa depois de ter iniciado a reunião", lê-se.

O PCP pergunta à ministra do Trabalho "que medidas vão ser tomadas para sancionar a administração do jornal Público pela infração cometida e para garantir a reposição da legalidade em situações futuras".

Em 14 de novembro, o SJ formalizou duas denúncias à Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) por impedimento de acesso aos dirigentes sindicais nas redações do Público, em Lisboa e no Porto, segundo um comunicado.

Nesse comunicado, a estrutura sindical indica que "comunicou formalmente à ACT duas denúncias por impedimento de acesso dos dirigentes sindicais às redações do Público, em Lisboa e no Porto, na quarta-feira, 13 de novembro".

Na participação, o SJ esclareceu que "a visita tinha como objetivo desenvolver atividade sindical, nomeadamente apresentar o sindicato, os serviços que presta, e ouvir os trabalhadores sobre temas que os preocupam, nomeadamente a forma como está a ser aplicado o Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) e uma eventual reestruturação, que paira no ar há meses".

O SJ já tinha revelado, na quarta-feira, que tinha sido impedido de entrar nas instalações do Público, em Lisboa e no Porto, pela administração do jornal, classificando esta atitude como, no mínimo, "um embaraço".

"A administração do jornal Público recusou, nesta quarta-feira, a entrada de membros da direção do SJ nas instalações de Lisboa e Porto", denunciou, em comunicado.

No Porto, a direção do sindicato foi impedida de entrar no edifício, tendo o encontro decorrido no exterior da empresa.

Já em Lisboa, segundo a estrutura sindical, a diretora de Recursos Humanos interrompeu o encontro, avisando que a empresa não autoriza reuniões do sindicato nas suas instalações.

A direção do SJ foi expulsa do edifício e o encontro prosseguiu do lado de fora da empresa.

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