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BE questiona Governo sobre fecho de fábrica em Arcos de Valdevez

O Bloco de Esquerda (BE) questionou hoje o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social sobre o encerramento, no final do mês de dezembro, da unidade da Coindu em Arcos de Valdevez que vai deixar sem emprego 350 trabalhadores.

BE questiona Governo sobre fecho de fábrica em Arcos de Valdevez
Notícias ao Minuto

26/11/24 17:19 ‧ Há 3 Horas por Lusa

Política Coindu

Na segunda-feira, o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA) revelou à agência Lusa o encerramento da fábrica de Arcos de Valdevez, no distrito de Viana do Castelo, e o despedimento dos 350 trabalhadores.

 

Segundo o SIMA, a decisão acontece cerca de um mês após a compra da empresa pelo grupo italiano Mastrotto.

"Este processo foi levado a cabo sem qualquer informação e consulta aos trabalhadores, numa completa ilegalidade sem que qualquer ação das autoridades competentes", destaca o SIMA.

A Lusa contactou a administração da Coindu, mas ainda não obteve resposta.

No requerimento hoje enviado ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, o BE quer saber que acompanhamento está o Governo a fazer da situação, que medidas serão tomadas para assegurar os postos de trabalho e que apoios diretos e indiretos foram atribuídos à empresa, nos últimos anos.

No documento, o deputado José Soeiro, que assina o requerimento, relembrou que "a intenção de encerrar a unidade fabril de Arcos de Valdevez não é nova".

"Em 2022, a empresa ponderou encerrar e recebeu quatro milhões de euros ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). No ano passado, a Coindu despediu 103 trabalhadores", refere.

O Bloco de Esquerda diz estar "solidário com estes trabalhadores e trabalhadoras e considera inaceitável a forma como uma empresa que não só anuncia falta de mão de obra em 2022, como lhe é aprovada uma recapitalização no contexto do PRR, sendo considerada uma empresa viável, pode vir agora efetuar um despedimento coletivo", lê-se no requerimento.

Em 15 de outubro último, o Gruppo Mastrotto, fundado em 1958 na Itália, anunciou a aquisição de "uma participação maioritária na Coindu - Componentes Para A Indústria Automóvel, SA , por meio de uma contribuição de capital para apoiar o relançamento do negócio".

"Esta transação faz com que a Coindu se torne parte de um grupo líder da indústria de couro, consolidando a sua estabilidade financeira e operacional. Para o Gruppo Mastrotto, esta operação visa avançar a integração vertical, aumentando a capacidade da empresa de oferecer soluções de ponta a ponta para os interiores dos automóveis e, fortalecendo sua posição competitiva no mercado global", lê-se da nota então enviada.

O Gruppo Mastrotto acrescenta estar, tal como a Coindu, "comprometido em expandir sua presença em segmentos de mercado de luxo".

Em Portugal, a Coindu, fundada em 1988, tem unidades fabris em Arcos de Valdevez, no distrito de Viana do Castelo, e em Joane, concelho de Vila Nova de Famalicão, no distrito de Braga, empregando no total cerca de 2.000 trabalhadores.

A empresa é especializada na produção de capas para assentos de automóveis e peças decorativas de superfície para interiores.

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