Decisão de manter taxas não foi unânime. "Alguns" queriam cortá-las
A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, afirmou hoje que a decisão da instituição de deixar as taxas de juro inalteradas não foi unânime e alguns membros estavam suficientemente confiantes para baixá-las.
© KIRILL KUDRYAVTSEV/AFP via Getty Images
Economia Lagarde
Na conferência de imprensa que se seguiu à reunião de política monetária do BCE, Lagarde afirmou que "alguns" membros do Conselho do BCE sentiam-se suficientemente confiantes com os dados atuais para cortar as taxas de juro, mas que o banco central espera ter mais informações e novas previsões económicas em junho.
Na sua reunião de hoje, apesar de deixar as taxas de juro nos níveis atuais, pela quinta vez consecutiva, o BCE abriu a porta a futuros cortes.
"Se a avaliação atualizada das perspetivas de inflação, da dinâmica da inflação subjacente e da força da transmissão da política monetária reforçasse a confiança do Conselho do BCE de que a inflação está a convergir para o objetivo de forma sustentada, seria apropriado reduzir o atual nível de restritividade da política monetária", refere o comunicado divulgado no final da reunião.
O BCE reconheceu também que "a inflação continuou a descer, impulsionada pela menor inflação dos preços dos produtos alimentares e dos bens".
As três taxas de juro diretoras do BCE permanecem inalteradas, com a taxa de juro aplicável às principais operações de refinanciamento a ficar em 4,5% e as taxas de juro aplicáveis à facilidade permanente de cedência de liquidez e à facilidade permanente de depósito a manterem-se em 4,75% e 4,00%, respetivamente.
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