Líder de partido da oposição bielorrussa libertado após dois anos preso
A detenção ocorreu no âmbito de uma dura repressão contra a oposição, que se intensificou após as manifestações que se seguiram às eleições presidenciais de 2020, consideradas fraudulentas.
© Sviatlana Tsikhanouskaya/X
Mundo Bielorrússia
Mikalai Kazlou, líder de um partido da oposição da Bielorrússia, foi libertado, esta segunda-feira, após ter estado preso durante dois anos. Segundo a agência de notícias Associated Press (AP), a libertação surge numa altura em que o país, liderado por Alexander Lukashenko, se encontra a libertar um pequeno número de presos políticos.
O político do Partido Cívico Unido estava a cumprir uma pena de dois anos e seis meses sob a acusação de organizar ações que violavam a ordem pública. A detenção ocorreu no âmbito de uma dura repressão contra a oposição, que se intensificou após as manifestações que se seguiram às eleições presidenciais de 2020, consideradas fraudulentas.
Sublinhe-se que várias figuras da oposição foram detidas nessa altura e outras tiveram de abandonar o país, incluindo Svetlana Tikhanovskaya, a principal adversária de Lukashenko nas eleições. Um ano após a detenção de Kazlou, o Supremo Tribunal da Bielorrússia decidiu proibir o Partido Cívico Unido.
A própria Svetlana Tikhanovskaya manifestou-se "aliviada" pelo facto de o seu "corajoso amigo" ter sido libertado da prisão "depois de ter cumprido a sua pena".
"A sua saúde sofreu durante os dois anos em que esteve atrás das grades. Todos os presos políticos na Bielorrússia devem ser libertados sem demoras", destacou na rede social X.
I'm relieved that my courageous friend Mikalai Kazlou, chairman of the United Civic Party, has been released from prison after serving his sentence. His health suffered during his two years behind bars. All political prisoners in #Belarus must be released without delay. pic.twitter.com/FAl0V46EpE
— Sviatlana Tsikhanouskaya (@Tsihanouskaya) July 22, 2024
No início do mês, Lukashenko assinou uma lei de amnistia no âmbito do 80.º aniversário da libertação da república da ocupação nazi. Segundo a organização de direitos humanos Viasná, há um total de 1.407 presos políticos na Bielorrússia, entre 'bloggers', empresários, ativistas, manifestantes e candidatos presidenciais, incluindo Sergei Tikhanovski, marido da líder da oposição no exílio, Svetlana Tikhanovskaya.
Leia Também: Bielorrússia. Lukashenko celebra 30 anos no poder com proteção do Kremlin
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com