Uma breve caminhada é um tipo de exercício, bem básico, que pode garantir por exemplo num passeio matinal ou mesmo no regresso a casa – uma boa forma de se aproveitar o tempo ao mesmo tempo que se previne doenças como diabetes do tipo 2, obesidade ou problemas do coração.

Uma caminhada é, então, o exercício mais básico e ‘o mínimo’ que se pode fazer pelo bem do próprio corpo. Mas engane-se quem pensa que este é um tipo de treino que não garante um ventre liso e perda de gordura abdominal que é para muitos a mais difícil de se perder.

Vários estudos comprovam que a perda de gordura nesta zona é de facto possível apenas com este exercício. Uma das mais recentes investigações do género foi agora publicada no Journal of Obesity aponta que as mulheres que não caminham têm em média o triplo da largura abdominal em relação a quem caminha com alguma frequência.

Aponta-se o caso das mulheres por ser o género que mais facilmente acumula gordura abdominal, contudo, este não é o único aspeto que o justifica, nem tampouco a caminhada é suficiente para eliminar a massa gorda de tal zona. Como refere Steven Goelzer, personal trainer e especialista em metabolismo, o efeito que a caminhada tem no corpo das mulheres irá depender da resposta hormonal de cada caso bem como do metabolismo que pode propiciar mais ou menos a perda de peso e ser contrabalançado com mais ou menos tempo de caminhada.

Assim, para contornar eventuais barreiras que se impõem aos resultados que se quer através da caminhada, Goelzer propõe algumas mudanças nos hábitos diários.

Comer bem e manter o stress o mais longe possível são as bases para que se tenha sucesso em qualquer tipo de treino. Além disso, aquando do foco na caminhada deve-se ter em conta que a frequência e insistência são palavras chave, por isso, o mínimo que se aponta são seis vezes por semana, num mínimo de 30 minutos por caminhada – a regularidade e constância destes treinos são pois essenciais para que se veja os resultados esperados.

Por fim, também a intensidade com que caminha é relevante. Um passeio é, por si só, uma prática bem melhor do que ficar em casa, mas se já entrou no ritmo, tente aos poucos aumentar a intensidade do passo, passando a uma prática que lhe aumenta a frequência cardíaca e o estimula, sempre dentro do que lhe é seguro e aceitável ao corpo.

Resta-lhe saber o que vestir: um calçado confortável é essencial e deve ser conjugado com uma roupa que não lhe prenda os movimentos nem seja demasiado quente – transpirar não é uma forma de perder peso, mas sim incentivar à desidratação extrema que não coaduna com um treino completo e que se leva até ao fim.