A razão por que deve lavar as mãos durante 20 segundos, a ciência explica
Modelo físico-matemático certifica que é preciso higienizar as mãos durante esse período de tempo de modo a eliminar vírus e bactérias.
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Lifestyle Higiene
Um novo estudo publicado no jornal Physics of Fluids e citado pela revista Galileu, reitera as recomendações dos órgãos de saúde mundiais, ou seja, é necessário despender pelo menos 20 segundos sob a água da torneira para matar vírus e bactérias prejudiciais.
O trabalho científico foi levado a cabo por investigadores da empresa Hammond Consulting Limited, no Reino Unido, e simulou a higienização das mãos e os espaços temporais em que patógenos como vírus e bactérias são aniquilados.
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De acordo com os especialistas, as partículas nocivas ficam presas nas superfícies ásperas das mãos. Por outras palavras, é como se estas estivessem presas no fundo de um poço e, para saírem dali, a força do fluxo de água deve ser elevado o suficiente para fazê-las subir. Contudo, tal não acontece antes de 20 segundos de lavagem, determinou o estudo.
"Sem surpresa, as partículas permanecem presas, a menos que o fluxo conduzido pelo movimento da parede seja forte em comparação com a profundidade do poço de potencial de aprisionamento. Talvez menos óbvio seja que para muitas posições iniciais o processo de escape para grandes distâncias da parede ocorre ao longo de um grande número de períodos", pode ler-se no documento.
"Com estimativas razoáveis para os vários parâmetros dimensionais, os tempos de escape nesses casos são comparáveis em magnitude aos de lavagem recomendados nas diretrizes de lavagem das mãos", escrevem os investigadores.
Todavia, explica a revista Galileu, não basta lavar as mãos durante 20 segundos se a lavagem não for enérgica - porque o vigor do líquido que flui está dependente da velocidade das mãos em movimento.
Isto é, um fluxo mais forte, remove assim as partículas mais fácil e eficazmente.
"Se mover as mãos muito suavemente e lentamente, as forças criadas pelo fluido não são grandes o suficiente para superar a força que mantém a partícula para baixo", afirma Paul Hammond, autor do estudo, num comunicado emitido à imprensa.
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