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Aumento de 640% na taxa de homicídios de crianças e jovens no Equador

A taxa de homicídios de crianças e adolescentes no Equador aumentou 640% em quatro anos, segundo a UNICEF, que qualificou hoje esta situação de "alarmante" devido à violência armada naquele país.

Aumento de 640% na taxa de homicídios de crianças e jovens no Equador
Notícias ao Minuto

18:28 - 15/01/24 por Lusa

Mundo UNICEF

O escritório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) para a América Latina e Caraíbas, com sede na Cidade do Panamá, destacou que as estimativas mais recentes do Ministério do Interior do Equador indicam "pelo menos 770 homicídios de crianças e adolescentes" no ano passado, "um aumento drástico de 640% em relação aos 104 casos em 2019".

A UNICEF registou ainda relatos que dão conta de um aumento do "recrutamento forçado de adolescentes por grupos armados" no país.

Outrora um país classificado como pacífico, o Equador está a ser devastado pela violência depois de se ter tornado o principal ponto de exportação da cocaína produzida nos vizinhos Peru e Colômbia.

Os recentes motins ocorridos em diversas prisões do país é uma parte de uma escalada de violência protagonizada pelos grupos do crime organizado no Equador, que também incluiu ameaças contra universidades, instituições estatais e empresas, sequestros e atentados contra polícias, veículos incendiados, explosões e até um ataque armado a uma estação de televisão na cidade de Guayaquil.

Os acontecimentos deram-se quando o Governo do Presidente Daniel Noboa, de 36 anos -- eleito no outono com a promessa de restaurar a segurança no país -, se preparava para pôr em prática o seu plano para recuperar o controlo das prisões equatorianas, muitas das quais são internamente dominadas por estes grupos criminosos, cujas rivalidades fizeram desde 2020 mais de 450 mortos entre os reclusos, numa série de massacres.

Essa violência também se estendeu às ruas, até fazer do Equador um dos países mais violentos do mundo.

Leia Também: Crime organizado está a espalhar terror no Equador, diz médico português

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