Os jovens estão a usar cada vez menos preservativos e este é o motivo
Ainda que a pílula contracetiva conte com uma maior probabilidade de evitar a gravidez relativamente ao preservativo, este último é o único que protege contra doenças ou infeções sexualmente transmissíveis.
© iStock
Lifestyle Prevenção
A função do preservativo é mais que sabida, mas ainda assim nota-se que há dúvidas que persistem e se refletem nos números de gravidezes na adolescência bem como no crescente número de casos de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).
Diz a Organização Mundial de Saúde (OMS) que a cada ano surgem 350 milhões de novos casos de clamídia genital, gonorreia, trocomoníase e infeção por bactéria Mycoplasma genitalium – as quatro DST mais frequentes, que atingem indivíduos de todo o mundo, entre os quais se destacam os jovens sexualmente ativos.
Pela prevalência de tais dados, no passado fim de semana aconteceu o 32º Congresso da Sociedade Espanhola de Pediatria Extra-hospitalar e Atenção Primária que, entre outros temas, abordou esta questão das relações sexuais na adolescência. Embora os especialistas se tenham focado no caso espanhol, as certeiras observações permitem alertar para um problema que é sensivelmente transversal ao caso de outros países, principalmente se se focar no caso europeu cuja realidade se assemelha em muitos aspetos.
A vergonha ou mesmo medo que a família descubra que o jovem pratica relações sexuais é um dos motivos que levam a que muitos não optem pelo sexo protegido, mas mesmo no caso dos casais que o usam, é bastante comum que o apliquem apenas no momento imediatamente antes ao coito, ignorando o facto de que a transmissão de doenças e infeções pode também acontecer nos momentos preliminares que justificam como a vontade de ‘não querer quebrar o romantismo ou prazer’.
Outro erro prende-se com a pílula do dia seguinte que é comummente vista como um meio abortivo fácil, contudo, e como explica Maria de Jesus Alonso, um dos oradores do referido congresso espanhol, “a pílula do dia seguinte não é abortiva. Pode impedir a gravidez mas não detê-la, caso já tenha acontecido a saída do óvulo do ovário”, sem contar com todos os efeitos hormonas que se sente como consequência a tal toma.
Por fim, os profissionais de saúde devem assumir o papel de alertar a camada mais jovem para a falta de proteção contra DST por parte de qualquer método contracetivo hormonal. Apenas o preservativo o garante e por isso, quando o parceiro ainda não é totalmente conhecido e como forma de prevenção e segurança máxima, a junção dos preservativo com a pílula será o ideal.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com