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Putin ameaça atacar Kyiv com potente míssil experimental 'Orechnik'

O Presidente russo, Vladimir Putin, declarou hoje não excluir a hipótese de ordenar um ataque à capital ucraniana, Kiev, com o seu míssil experimental hipersónico de alcance intermédio 'Orechnik', descrevendo-o como uma arma terrivelmente destrutiva.

Putin ameaça atacar Kyiv com potente míssil experimental 'Orechnik'
Notícias ao Minuto

28/11/24 14:47 ‧ Há 2 Horas por Lusa

Mundo Guerra na Ucrânia

"Não excluímos a possibilidade de utilizar o 'Orechnik' contra alvos militares, instalações industriais militares ou centros de decisão, incluindo em Kiev", afirmou Putin.

 

O chefe de Estado russo falava numa conferência de imprensa transmitida pela televisão russa, à margem de uma visita ao Cazaquistão, depois da recente autorização do Presidente norte-americano, Joe Biden, à Ucrânia para utilizar mísseis de longo alcance fornecidos pelos Estados Unidos para atacar a Rússia.

Em resposta à pergunta de um jornalista, voltou a elogiar o poder de fogo desta arma de alcance intermédio, capaz de atingir qualquer ponto da Europa, mesmo não estando equipada com ogivas nucleares.

"Se utilizarmos vários destes sistemas num só ataque - dois, três, quatro - então, em termos de potência, é comparável à utilização de uma arma nuclear", explicou.

"Não é uma arma atómica porque é A - altamente precisa, e B - não está equipada com uma carga explosiva nuclear e não polui o ambiente. Mas, do ponto de vista da potência, é comparável", indicou o Presidente russo, que já tinha comparado o míssil a "um meteorito" e o calor libertado no momento da explosão à temperatura da superfície do Sol.

Putin não especificou se este míssil é exclusivamente convencional ou se poderá ser equipado com uma carga nuclear, como tinha dado a entender na semana passada, após um ataque de teste na Ucrânia, apresentado como uma resposta ao disparo de mísseis ATACMS norte-americanos e Storm Shadow britânicos para território russo.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após o desmoronamento da União Soviética - e que tem vindo a afastar-se da esfera de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.

No terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas confrontaram-se com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram entretanto a concretizar-se.

As tropas russas, mais numerosas e mais bem equipadas, prosseguem o seu avanço na frente oriental, apesar da ofensiva ucraniana na Rússia, na região de Kursk, e dos mísseis ATACMS e Storm Shadow disparados para território russo.

As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território.

[Notícia atualizada às 14h55]

Leia Também: Putin justifica ataques de envergadura como resposta a mísseis dos EUA

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