Montepio: Conselho Geral da associação mutualista reúne-se hoje
O Conselho Geral e de Supervisão da Associação Mutualista Montepio Geral reúne-se hoje para analisar o relatório e contas de 2018, na primeira reunião após a multa do Banco de Portugal ao presidente da associação, Tomás Correia.
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De acordo com informação a que a Lusa teve acesso, o lucro da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) - dona do banco Montepio - foi de 1,6 milhões de euros em 2018, menos 585,9 milhões de euros do que os 587,6 milhões de 2017 (quando beneficiou de créditos fiscais), o que corresponde a uma descida de 99,7% entre os dois anos.
A associação mutualista perdeu ainda 12.812 associados num ano, passando de 625.419 no final de 2017 para 612.607 no final de 2018.
A reunião de hoje será também a primeira desde que foi conhecida a informação de que Tomás Correia, presidente da AMMG, foi multado pelo Banco de Portugal em 1,25 milhões de euros, no âmbito das suas funções quando era presidente do banco Montepio.
A contestação a Tomás Correia fez-se ouvir por parte de vários setores da sociedade civil, incluindo pelos seus opositores nas últimas eleições para a AMMG, que o atual presidente venceu com 43,2% dos votos.
António Godinho, que ficou em segundo lugar nas eleições, disse à Lusa que os pressupostos com que Tomás Correia se candidatou às últimas eleições, de que "tinha a certeza de que não seria condenado", se tinham alterado.
Também Fernando Ribeiro Mendes, que ficou em terceiro no escrutínio, contestou António Tomás Correia, defendendo novas eleições.
"São 600 mil pessoas que depositam as suas poupanças ali e como vão manter a confiança na organização que tem como presidente uma pessoa que o Banco de Portugal não considera idónea para gerir bancos? O que seria decente era [Tomás Correia] sair, mas como já deu sinal de que não o fará tem que haver um sobressalto interno para o afastar, novas eleições", afirmou.
Atualmente, o Conselho de Administração da AMMG é composto pelo presidente, António Tomás Correia, que tomou posse em janeiro para mais três anos após ter vencido as eleições de dezembro (depois de já dez anos à frente da mutualista), e Carlos Morais Beato, Virgílio Lima (ambos pertenciam já à anterior administração), Idália Serrão e Luís Almeida como vogais.
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