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Presidente do BCP não antecipa alteração na posição da Sonangol

O presidente do BCP, Miguel Maya, disse hoje que não antecipa qualquer consequência na posição acionista da Sonangol da alteração na administração da petrolífera angolana.

Presidente do BCP não antecipa alteração na posição da Sonangol
Notícias ao Minuto

20:11 - 09/05/19 por Lusa

Economia Miguel Maya

"Não antecipo nenhuma consequência dessa alteração da mudança da Sonangol", afirmou Maya na conferência de imprensa de apresentação de resultados do primeiro trimestre.

Na terça-feira, o Presidente de Angola, João Lourenço, afastou Carlos Saturnino do cargo de presidente do Conselho de Administração da Sonangol, nomeando para as mesmas funções Sebastião Pai Querido Gaspar Martins, atual administrador da petrolífera estatal angolana.

Segundo um comunicado divulgado pela Casa Civil do Presidente da República, o Chefe de Estado exonerou, por decreto, "todas as entidades" que integram o Conselho de Administração da Sonangol, alegando "conveniência de serviço público" e "apoiado na Lei de Bases do Setor Empresarial Público".

No decreto, João Lourenço afastou também quatro dos seis administradores executivos - Luís Ferreira do Nascimento José Maria, Carlos Eduardo Ferraz de Carvalho Pinto, Rosário Fernando Isaac e Alice Marisa Leão Sopas Pinto da Cruz -, e nomeou, noutro despacho presidencial, quatro novos nomes - António de Sousa Fernandes, Jorge Barras Vinhas, Josina Marília Ngongo Mendes Baião e Osvaldo Salvador de Lemos Macaia.

O Presidente angolano manteve, exonerando-os e voltando a nomeá-los, os quatro administradores não executivos da Sonangol - José Gime, André Lelo, Lopo do Nascimento e Marcolino Moco.

As mudanças de João Lourenço na administração da Sonangol acontecem na sequência da crise de combustíveis que está a afetar Angola desde sexta-feira, que levou a uma escassez de gasolina e gasóleo em todo o país, face a alegadas dificuldades da petrolífera estatal angolana em importar o produto por falta de divisas.

Na terça-feira, após uma reunião que João Lourenço manteve com a equipa económica do Governo e com a administração da Sonangol, um comunicado da Casa Civil do Presidente de Angola indicou que a falta de diálogo entre a petrolífera estatal e o Governo "contribuiu negativamente" para o processo de importação de combustíveis e consequente escassez do produto no mercado em todo o país.

O BCP tem como principal acionista o grupo chinês Fosun, com cerca de 27%, e a angolana Sonangol com cerca de 19%.

O banco divulgou hoje lucros de 153,8 milhões de euros no primeiro trimestre, mais 79,7% face aos mesmos três meses de 2018.

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